Compartilho algumas tirinhas de quadrinhos que fiz durante o carnaval deste ano. Quem me tem no instagram, acredito que viu.
sexta-feira, 28 de março de 2025
terça-feira, 25 de março de 2025
ABENÇOADOS OS QUE NÃO PASSARÃO POR ISSO
sábado, 22 de março de 2025
LONGEVIDADE, PRA QUÊ?
Vi no blog do tio Dudu uma bela crônica de Raquel de Queiroz sobre o corpo humano na velhice. Confesso que nunca tinha olhado para essa questão da forma mecânica, prática, realista e tão sóbria como ela fez em seu texto. Nunca tinha visto alguém colocar mais do que a papagaiada didática que tanto se ouve por aí. Raquel expressou um relato existencial do próprio corpo - linhas e mais linhas de pura lucidez e obviedade sobre sua propria vida como idosa, sem apelar para a religião ou algo similar. Eu sei lá, a forma como ela fez, achei ímpar.
Pena que eu o li ao final de um dia em que eu não estava nada bem.
Como é duro chegar ao começo do envelhecimento e perceber que a vida toda foi um amontoado de roubadas. Como é duro lidar com a realidade de que nunca consegui escapulir de algo simples, bem simples, como o fato de viver em outro lugar bem longe daqui.
É porque não é tão simples. Não para mim.
Eu olho a minha mãe, tantas coisas questionáveis que ela fez (para não dizer algo pior - não vou detonar minha própria mãe), e ela está como sempre, em sua realidade de sempre, com a personalidade e os valores tortos de sempre. Descobre um santo e cobre outro. Qual santo tem mais valor para ela? Sei lá. A essa altura do campeonato, a última coisa que quero fazer é analisar a trajetória inteira dessa mulher, mas coloquei-a nesta parada para que compreendam que às vezes penso que minha vida não é tão diferente, e talvez eu possa estar sendo até pior, pois a verdade é que, diferente dela, que a vida toda fez rolos e conflitos, se sacrificou e se sacrifica em nome dos seus trastes queridos, eu já não me importo com as pessoas mais próximas. Pelo contrário, ando em uma fase que as culpo por tudo. Fico me controlando para não surtar e berrar em fúria, em algum momento, porque isso não resolve nada e só vou expor palhaçadas que ninguém liga e só gostam de saber porque todo mundo parece que se atrai ao ver alguém desequilibrado dando um escândalo por causa de alguma coisa. Não adianta nada berrar ao falar de mim, como me sinto, apontar onde eu tinha expecttivas de que tal pessoa deveria fazer isto ou aquilo (o ínfimo) para me deixar um pouco contente ou aliviar minha carga. Não adianta, porque eu já fiz, várias vezes, e no fim das contas a gente passa por ridículo, malvado, desequilibrado etc. E nada se resolve.
Eu não espero mais nada da minha vida. É claro que sempre há pequenas esperanças de que algo aconteça a favor deste ou daquele objetivo. É claro que fico atento quanto a isso, mas não fico vivendo de acordo, querendo correr atrás, porque todas as vezes em que fiz isso, eu me prejudiquei. Sou o mestre em fazer escolhas ruins achando que foi a melhor coisa do mundo. E o problema do mundo é que ele não é um sonho onde a gente abre os olhos e aquela realidade deixa de existir. Eu sempre tenho me esquecido de meus sonhos. Acho até que nem sonho mais, pois eu me reviro bastante na cama, no meu colchão que precisa ser trocado com urgência. O mundo não é um sonho. As porcariadas que você faz, você vive. Ah, você vive! Querendo ou não, você vai viver cada merda que você fez, na marra! Não tem essa de livre arbítrio. Livre arbítrio é você raciocinar se quer fazer as suas merdas ou não. Ninguém o está obrigando. Viver a consequência da sua decisão não inclui o livre arbítrio, pois ele acaba justamente no momento em que você se posicionou.
Então, quando li o texto da Raquel de Queiroz falando de sua longevidade e do quão incrível que é o nosso corpo funcionar ininterruptamente por mais de oitenta anos, eu não senti nenhum pouco de alegria e conforto, pois, se pudesse, eu já teria ido embora há muito tempo. Viver oitenta anos na realidade em que estou, amargando meus erros - os erros de minhas escolhas, os erros de meus pais, os quais também acabo pagando, os erros do meu companheiro que também recaem sobre mim -, todo santo dia, tendo que ser compreensivo e sempre me conformar com exatamente ninguém conseguindo aliviar o pesar da minha vida. Viver oitenta anos desse jeito? Para quê? A minha vida só está piorando. E piorará mais quando, um dia, meu companheiro e minha mãe não estiverem mais aqui. Ninguém vai me socorrer em uma enfermidade, vou morrer solitário, talvez à mingua, talvez ninguém nem saiba. Até lá, amargarei mais e mais dias de dissabores, dias que poderiam ser bem melhores do que realmente são.
Eu acredito em Deus, mas não consigo acreditar nessa persona religiosa que todo mundo acha que é Deus. Deus para mim é algo tão abstrato que é impossível definir, então está muito longe de ser humano. E Deus tão pouco tem a magia de fazer algo por mim, vez que eu sou apenas mais um grão de areia no meio da imensidão da qual lhe é artribuída. Então tá, no meio de um universo inteiro, Deus vai conceder uma enorme graça ao Fabiano? A-ham. E Deus ama tanto seus filhos que os colocou na Terra, um planeta fodido, para viver uma vida de merda. E têm que viver. Não têm escolha. Mas Deus ama nós todos. Ao mesmo tempo, vem a figura de Jesus e mostra que o problema não é o planeta, é o próprio ser humano. Jesus veio para mostrar que a vida do homem é uma merda por causa dele mesmo. Criaram a sociedade alicerçada no poder e na ganância. A justiça nem sempre é verdadeira, ela às vezes é simplesmente conveniente, e o povo aplaude e incita a isto. Escolheram Jesus, em vez do bandido que todos conheciam, para ser penalizado. Lembrem-se disso. Pedro, um dos discípulos mais honrosos, negou que o conhecia. Judas facilitou para que o pegassem. Mesmo com ele fazendo os tais milagres, mesmo com ele proclamando mais amor, menos preconceito, menos pecado. Então a gente vê que Jesus veio mostrar que a nossa vida é uma merda porque a humanidade é a própria personificação de todo o mal. Eu não li a bíblia, mas é o que assimilo de Jesus, do pouco que conheço sua trajetória, pois eu penso, reflito, raciocíno, então chego a essas definições.
E vamos seguindo em frente, porque a vida segue sempre em frente. Ela não dá uma paradinha ali do lado, esperando a nossa vontade de ir com ela, não. Um abraço e desculpem alguma coisa.
Post da Raquel de Queiroz no blog do tio Dudu - é interessante.
domingo, 16 de março de 2025
quinta-feira, 13 de março de 2025
A RAIVA DO BICHOS INCOMÍVEIS
Ao pesquisar no google "mulheres com raiva de lula", logo veio a enxurrada de links sobre o mesmo ocorrido [no fim do 'post', coloco dois deles para quem quiser conferir], que se trata da fala do jumento sobre a vaca que ele promoveu e que, segundo ele, é uma mulher bonita. Pronto! Isso foi o bastante para alvoroçar outras vacas, mulas, cachorros e cadelas.
Quando a gente olha para as que ganharam destaque em seu manifesto, a gente lembra das mulheres incomíveis de dias atrás: uma colocação de outro líder político tão ou mais jumento que também adora marginalizar, porque ele sabe que o povo tão sofrido, cada vez mais preso em casa, tapeado e sem perspectiva nenhuma, mais do que nunca, precisa rir e sentir alguma identificação com alguém importante, digamos assim. Então ele faz o que o povo tem vontade de fazer.
A raiva dos bichos me lembra quando em algum tempo atrás fiquei sabendo de uma criatura que ainda nem tem idade para ser chamada de galinha [mas já sabe o que é ciscar] agiu com brutalidade contra uma outra, acho que foi uma coleguinha de escola, só porque ela era mais bonita.
Nesse país cada vez mais paupérrimo de educação em todos os sentidos, posso refletir sobre uma suposta origem desse tipo de comportamento asqueroso. Em breve, acredito que nem refletir poderei mais, pois, do jeito que a coisa anda, parece que até as reflexões poderão ser caçadas e punidas.
Falando nessa nossa louca liberdade realista que nos circunda, lembrei de um texto poético o qual transformei em música utilizando a inteligência artificial da SUNO. Vou colocar as letras a seguir, também o link do videoclipe. Abraços a todos, princpalmente aos bonitos. Ah, Ah!
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domingo, 9 de março de 2025
BOLOS QUEIMADOS GOELA ABAIXO DO POVO
Segundo conta hoje a matéria no jornal O ESTADO DE MINAS, parece ser sério a ida de Roulos para a Secretaria da Presidência da República. Por um momento, achei que fosse uma daquelas fakenews que eles mesmos plantam para gerar movimentação com a finalidade de não caírem no abismo dos excluídos que devem ser esquecidos, mas antes fosse, pois esse cidadão se sujou de livre e espontânea vontade ao articular para arquivarem o inquérito sobre a rachadinha do deputado com nome associado ao iogurte (pobre iogurte, tão gostoso, mas sendo lembrado por alguém tão besta).
Após o "ato heroico" em relação ao "amigo", Roulos se candidatou nas eleições municipais de SP, convicto de que ganharia, subestimando a inteligência de milhares de eleitores. O mal desse povo é que eles acham mesmo que pobre que ganha auxílio e cesta básica é fiel a tudo o que eles fizerem. Eles se negam a enxergar a verdadeira condição humana que não depende de renda, mas quanto mais pobre, menos compromissado o ser é, pois a vida já lhe é ordinária por natureza e ele não tem nada a perder. Então, se ele tiver que virar eleitor para que o outro engravatado da ideologia política concorrente venha tomar um cafezinho em sua casa -- e avaliar se a sua baranga fedendo a cebola e alho é comível --, ele vai fazer, e pelo mero prazer de se sentir importante por cinco minutos. Porque tudo que o pobre (na verdade, todo ser humano) mais quer é estar entre os grandes, não entre os chatos que só promovem a fofurice e agora querem ditar até o que a pessoa pode pensar. O pobre quer estar entre os poderosos que não estão nem aí para o que digam, desde que ainda possam ir até o litoral mais próximo para se apimentarem no Sol enquanto andam de JetSki.
Esse povo não aprende que ninguém deseja se espelhar naquele que se deixou crucificar e deu sua vida em sacrifício por toda a humanidade. O pobre não quer repartir o pão. Ele quer pegar os pães de todo mundo e usá-los para estar no comando da vida dos outros. A gente vê isso retratado muito bem no livro "Ensaio Sobre A Cegueira" [José Saramago], onde os cegos miseráveis, para obterem controle absoluto sobre todos os outros confinados, passaram a se apoderar da comida que a todos era distribuída. Simplesmente perceberam que, passando a mão em tudo, sob o viés de promover a organização, estariam com a sobrevivência do povo na palma de suas mãos. Dessa forma, era preciso que os demais cedessem às suas exigências, se quisesem um pouco daquele alimento.
As pessoas querem luxúria, mordomia e poder. Quanto mais miserável, mais mercenário, menos consciente, menos empático, menos coletivo o ser é. Pensar no bem-estar do vizinho ou de toda uma sociedade? Sensibilizar-se com as causas do planeta? Pobre não tem natureza para isso não. Ele recebe o auxílio do mês na segunda-feira e, no domingo, vota para eleger a oposição. Afinal, um dia ele ganha na loteria e se tornará um dos grandes [e não vai querer que ninguém meta o bedelho na maneira como administra a própria fortuna]. Ah, Ah!
Voltando ao cerne, será um grande erro incorporar Roulos junto a qualquer posição importante em relação à República. Se o chefe-mor da nação quer realmente um índice maior de desaprovação de seu governo, eis que essa é a cereja dos bolos, o gran finale para todo mundo entender o que fazer na próxima eleição.
Quando você está com uma pessoa, você não vai dar bolos queimados a ela, não é mesmo?
A matéria direto na fonte:
sexta-feira, 7 de março de 2025
EU AQUI
ZÉ CARIOCA - 1 CAPA, 2 REVSTAS
Ainda sob o mote dos quadrinhos Disney, estive visitando o blog de um velho amigo quando vi a capa que ele postou, da revista do Zé Carioca ...

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