sexta-feira, 28 de março de 2025

QUADRINHOS | CARNAVAL DOS BARBADOS

Compartilho algumas tirinhas de quadrinhos que fiz durante o carnaval deste ano. Quem me tem no instagram, acredito que viu.




terça-feira, 25 de março de 2025

ABENÇOADOS OS QUE NÃO PASSARÃO POR ISSO

Há quem pense que viver muito é uma bênção. Se a pessoa se refere à vida em si: manter os olhos abertos e conseguir levantar um dedinho para que ninguém me considere morto e queira logo me sepultar e passar as mãos nas minhas coisas terrenas, posso concordar, mas está longe de ser algo feliz, porque não há nada de feliz em chegar a uma idade onde as pernas ficaram tão fragilizadas que não se consegue andar nem dentro da própria casa, ou as mãos que tremem e tremem, daí eu penso: vai ser bom bater uma, daí a mão treme e treme mas o bichano nem reage, a vida útil dele se foi bem antes da minha. Não tem nada de feliz em adquirir catarata, alzheimer, parkinson... É triste - muito triste! Porque esses casos não são exceções. Na verdade, eles são o padrão. Exceção é quem passa pela velhice sem esses problemas. É tão difícil que, se houver uma pessoa assim, ela pode se considerar uma verdadeira abençoada. Aí eu faço jus à palavra "benção".

Envelhecer é uma merda. Depender dos outros é uma merda. Perder a privacidade, perder a autonomia é uma merda. Perder a lucidez ou a capacidade até de limpar a própria bunda é uma merda. E o pior: não há o que fazer. A medicina está evoluindo bem. Que evolua mais. Só que tenho certas ressalvas. Vai evoluir para que possamos voltar a ter nossa autonomia, ou apenas para que possamos ficar anos e anos como trapos inúteis jogados em um canto? Se for para isso, eu dispenso, porque isso é pior do que a doença. A pessoa enferma, algumas vezes, morre é por causa do desgosto, do inconformismo sobre o que ela se tornou e a impotência cada vez maior que lhe toma conta. Viver mais, só que jogado numa cama e precisando de alguém até para me trazer um copo de água, pra quê? 

Alguém pode dizer: "pense nos seus filhos, nos familiares queridos..." 

Vixe, eles é que não querem mesmo! Ah, Ah, Ah! 

Eles não veem a hora que se fechem de vez os olhinhos. Choram. Choram e pensam [jamais expondo boca afora, é claro]: 

"Perdoa-me por ser tão filho da puta e achar que agora viverei melhor sem você. Perdoa-me por achar isso. Eu não queria me sentir assim, com esse alívio. Ai, meu Deus, qual é a senha do banco mesmo?"

Desejo a todas as pessoas de bem, que possamos ter uma boa velhice. Se partirmos antes, melhor ainda. Viver tanto, pra quê? Às vezes a vida fica tão ruim, que é a benção é, de fato, poder partir sem medo, sem pesar na consciência. As pessoas falarão: "descansou"

Aí passa um tempo, a gente está no além desconhecido, sem ver um milimetro do nosso corpo, vez que ele já se foi, não o temos mais, somos apenas consciência sem matéria nenhuma. Nossa carcaça jaz, largada e apodrecida, só os ossos na tumba repleta de vermes e baratas. 

--- Deixe-me ver, no sonho de quem eu vou entrar hoje? Daquele filha da puta que me deve? Não dá. Ele se enche de rivotril. 

Então você sente a energia de alguém que lhe chama e diz que você precisa mandar um recado e que é para ser breve.

--- Como assim? Recado? Pra quem?

--- Tem um parente seu que anda frequentando um centro espírita. Ele quer uma mensagem psicografada sua. O médium está pronto, mas você precisa me transmitir a mensagem para que eu entregue a ele. Ande logo!

--- Como se eu tivesse pernas. Diga-me aonde é, que eu mesmo irei lá, pela velocidade do pensamento.

--- Tá bom... 

E durante a sessão, você chega no médium e faz questão de ser curto e grosso:

--- Cambada de vagabundos do caralho, quero que vocês me deixem em paz, será que nem depois de morto eu tenho sossego? Já foi um calvário ter ficado a vida iteira com vocês! Não quero passar a morte também, não! Vão tomar no cu!

E o médium escreve:

"Meus queridos, não sabem como é intenso o meu sentimento em relação a vocês. Gostaria de pedir para que vivam suas vidas como se não houvesse amanhã, aproveitem cada dia, cada momento, pois eu estou bem. Quando vocês se apegam em minha vida na Terra, eu fico mal. Se querem me ver bem de verdade, vivam com alegria e felicidade. Dessa forma, podem ter certeza de que estarei feliz. Amo vocês!"

O médium chama o povo para uma corrente de oração e então você diz:

--- Que bosta! Não fico nem mais um segundo aqui! Fui!

Brincadeiras à parte, esta postagem foi inspirada em uma outra, antiga, que li há alguns dias no blog do azarão. Logo após eu ter postado sobre a crônica ímpar (no melhor dos sentidos) da Raquel de Queirós a respeito do funcionamento do corpo na velhice, que o tio Dudu colocou no blog dele, Marreta me enviou um link. Cliquei e vi que era uma postagem sincerona, baseada na crônica igualmente franca e pragmática de uma colunista conhecida como "Xênia Bier", pseudônimo de Vilma Barreto: atriz, jornalista e escritora que viveu até Agosto de 2020. Quem quiser saber mais sobre ela, conhecida pela TV Mulher [famoso programa dos anos 80 na Globo] e as crônicas na revista Ana Maria, clique aqui

Para ver a postagem do Marreta, que incluiu a crônica da Xênia, clique aqui

E se você achou que esse o nome "Xenia Bier" o fez lembrar "Xana de cerveja", você deve ser tão pervertido quanto eu. Ah, Ah!

Um abraço e até a próxima!

sábado, 22 de março de 2025

LONGEVIDADE, PRA QUÊ?

Vi no blog do tio Dudu uma bela crônica de Raquel de Queiroz sobre o corpo humano na velhice. Confesso que nunca tinha olhado para essa questão da forma mecânica, prática, realista e tão sóbria como ela fez em seu texto. Nunca tinha visto alguém colocar mais do que a papagaiada didática que tanto se ouve por aí. Raquel expressou um relato existencial do próprio corpo - linhas e mais linhas de pura lucidez e obviedade sobre sua propria vida como idosa, sem apelar para a religião ou algo similar. Eu sei lá, a forma como ela fez, achei ímpar.

Pena que eu o li ao final de um dia em que eu não estava nada bem. 

Como é duro chegar ao começo do envelhecimento e perceber que a vida toda foi um amontoado de roubadas. Como é duro lidar com a realidade de que nunca consegui escapulir de algo simples, bem simples, como o fato de viver em outro lugar bem longe daqui. 

É porque não é tão simples. Não para mim.

Eu olho a minha mãe, tantas coisas questionáveis que ela fez (para não dizer algo pior - não vou detonar minha própria mãe), e ela está como sempre, em sua realidade de sempre, com a personalidade e os valores tortos de sempre. Descobre um santo e cobre outro. Qual santo tem mais valor para ela? Sei lá. A essa altura do campeonato, a última coisa que quero fazer é analisar a trajetória inteira dessa mulher, mas coloquei-a nesta parada para que compreendam que às vezes penso que minha vida não é tão diferente, e talvez eu possa estar sendo até pior, pois a verdade é que, diferente dela, que a vida toda fez rolos e conflitos, se sacrificou e se sacrifica em nome dos seus trastes queridos, eu já não me importo com as pessoas mais próximas. Pelo contrário, ando em uma fase que as culpo por tudo. Fico me controlando para não surtar e berrar em fúria, em algum momento, porque isso não resolve nada e só vou expor palhaçadas que ninguém liga e só gostam de saber porque todo mundo parece que se atrai ao ver alguém desequilibrado dando um escândalo por causa de alguma coisa. Não adianta nada berrar ao falar de mim, como me sinto, apontar onde eu tinha expecttivas de que tal pessoa deveria fazer isto ou aquilo (o ínfimo) para me deixar um pouco contente ou aliviar minha carga. Não adianta, porque eu já fiz, várias vezes, e no fim das contas a gente passa por ridículo, malvado, desequilibrado etc. E nada se resolve. 

Eu não espero mais nada da minha vida. É claro que sempre há pequenas esperanças de que algo aconteça a favor deste ou daquele objetivo. É claro que fico atento quanto a isso, mas não fico vivendo de acordo, querendo correr atrás, porque todas as vezes em que fiz isso, eu me prejudiquei. Sou o mestre em fazer escolhas ruins achando que foi a melhor coisa do mundo. E o problema do mundo é que ele não é um sonho onde a gente abre os olhos e aquela realidade deixa de existir. Eu sempre tenho me esquecido de meus sonhos. Acho até que nem sonho mais, pois eu me reviro bastante na cama, no meu colchão que precisa ser trocado com urgência. O mundo não é um sonho. As porcariadas que você faz, você vive. Ah, você vive! Querendo ou não, você vai viver cada merda que você fez, na marra! Não tem essa de livre arbítrio. Livre arbítrio é você raciocinar se quer fazer as suas merdas ou não. Ninguém o está obrigando. Viver a consequência da sua decisão não inclui o livre arbítrio, pois ele acaba justamente no momento em que você se posicionou.

Então, quando li o texto da Raquel de Queiroz falando de sua longevidade e do quão incrível que é o nosso corpo funcionar ininterruptamente por mais de oitenta anos, eu não senti nenhum pouco de alegria e conforto, pois, se pudesse, eu já teria ido embora há muito tempo. Viver oitenta anos na realidade em que estou, amargando meus erros - os erros de minhas escolhas, os erros de meus pais, os quais também acabo pagando, os erros do meu companheiro que também recaem sobre mim -, todo santo dia, tendo que ser compreensivo e sempre me conformar com exatamente ninguém conseguindo aliviar o pesar da minha vida. Viver oitenta anos desse jeito? Para quê? A minha vida só está piorando. E piorará mais quando, um dia, meu companheiro e minha mãe não estiverem mais aqui. Ninguém vai me socorrer em uma enfermidade, vou morrer solitário, talvez à mingua, talvez ninguém nem saiba. Até lá, amargarei mais e mais dias de dissabores, dias que poderiam ser bem melhores do que realmente são.

Eu acredito em Deus, mas não consigo acreditar nessa persona religiosa que todo mundo acha que é Deus. Deus para mim é algo tão abstrato que é impossível definir, então está muito longe de ser humano. E Deus tão pouco tem a magia de fazer algo por mim, vez que eu sou apenas mais um grão de areia no meio da imensidão da qual lhe é artribuída. Então tá, no meio de um universo inteiro, Deus vai conceder uma enorme graça ao Fabiano? A-ham. E Deus ama tanto seus filhos que os colocou na Terra, um planeta fodido, para viver uma vida de merda. E têm que viver. Não têm escolha. Mas Deus ama nós todos. Ao mesmo tempo, vem a figura de Jesus e mostra que o problema não é o planeta, é o próprio ser humano. Jesus veio para mostrar que a vida do homem é uma merda por causa dele mesmo. Criaram a sociedade alicerçada no poder e na ganância. A justiça nem sempre é verdadeira, ela às vezes é simplesmente conveniente, e o povo aplaude e incita a isto. Escolheram Jesus, em vez do bandido que todos conheciam, para ser penalizado. Lembrem-se disso. Pedro, um dos discípulos mais honrosos, negou que o conhecia. Judas facilitou para que o pegassem. Mesmo com ele fazendo os tais milagres, mesmo com ele proclamando mais amor, menos preconceito, menos pecado. Então a gente vê que Jesus veio mostrar que a nossa vida é uma merda porque a humanidade é a própria personificação de todo o mal. Eu não li a bíblia, mas é o que assimilo de Jesus, do pouco que conheço sua trajetória, pois eu penso, reflito, raciocíno, então chego a essas definições.

E vamos seguindo em frente, porque a vida segue sempre em frente. Ela não dá uma paradinha ali do lado, esperando a nossa vontade de ir com ela, não. Um abraço e desculpem alguma coisa.

Post da Raquel de Queiroz no blog do tio Dudu - é interessante.

domingo, 16 de março de 2025

quinta-feira, 13 de março de 2025

A RAIVA DO BICHOS INCOMÍVEIS

Ao pesquisar no google "mulheres com raiva de lula", logo veio a enxurrada de links sobre o mesmo ocorrido [no fim do 'post', coloco dois deles para quem quiser conferir], que se trata da fala do jumento sobre a vaca que ele promoveu e que, segundo ele, é uma mulher bonita. Pronto! Isso foi o bastante para alvoroçar outras vacas, mulas, cachorros e cadelas. 

Quando a gente olha para as que ganharam destaque em seu manifesto, a gente lembra das mulheres incomíveis de dias atrás: uma colocação de outro líder político tão ou mais jumento que também adora marginalizar, porque ele sabe que o povo tão sofrido, cada vez mais preso em casa, tapeado e sem perspectiva nenhuma, mais do que nunca, precisa rir e sentir alguma identificação com alguém importante, digamos assim. Então ele faz o que o povo tem vontade de fazer.

A raiva dos bichos me lembra quando em algum tempo atrás fiquei sabendo de uma criatura que ainda nem tem idade para ser chamada de galinha [mas já sabe o que é ciscar] agiu com brutalidade contra uma outra, acho que foi uma coleguinha de escola, só porque ela era mais bonita. 

Nesse país cada vez mais paupérrimo de educação em todos os sentidos, posso refletir sobre uma suposta origem desse tipo de comportamento asqueroso. Em breve, acredito que nem refletir poderei mais, pois, do jeito que a coisa anda, parece que até as reflexões poderão ser caçadas e punidas. 

Falando nessa nossa louca liberdade realista que nos circunda, lembrei de um texto poético o qual transformei em música utilizando a inteligência artificial da SUNO. Vou colocar as letras a seguir, também o link do videoclipe. Abraços a todos, princpalmente aos bonitos. Ah, Ah!


FARRA PATRIOTA
Texto: Fabiano Caldeira
Música feita por Suno AI

Tenho arroz
Tenho feijão 
Tenho batata 
E macarrão 

E a picanha?
E a picanha?
E a picanha?
E a picanha?

A gasolina
A ritalina
A cloroquina
Tadalafila

E a picanha?
E a picanha?
E a picanha?
E a picanha?

Tá uma zona
A céu aberto
Tem erva e pó 
Tá tudo certo

E a picanha?
E a picanha?
E a picanha?
E a picanha?

É proibido cobrar
Alguém vai processar

É proibido cobrar
Alguém vai te achar

É proibido cobrar
Alguém vai te catar

É proibido cobrar
Alguém vai te calar

E a picanha?
E a picanha?
E a picanha?
E a picanha?

Era uma vez 
Um gato xadrez
Que caga na boca
E diz que não fez

Matérias relacionadas:

Site do G1 - https://g1.globo.com/economia/blog/ana-flor/post/2025/03/12/ao-dizer-que-gleisi-e-mulher-bonita-para-articular-com-o-congresso-lula-desagrada-a-propria-equipe-veja-gafes.ghtml

Site do R7 - https://noticias.r7.com/brasilia/mulher-bonita-para-melhorar-relacao-com-o-congresso-confira-outras-gafes-do-presidente-lula-13032025/ 

domingo, 9 de março de 2025

AS GÊMEAS - AINDA ESTOU AQUI


BOLOS QUEIMADOS GOELA ABAIXO DO POVO

Segundo conta hoje a matéria no jornal O ESTADO DE MINAS, parece ser sério a ida de Roulos para a Secretaria da Presidência da República. Por um momento, achei que fosse uma daquelas fakenews que eles mesmos plantam para gerar movimentação com a finalidade de não caírem no abismo dos excluídos que devem ser esquecidos, mas antes fosse, pois esse cidadão se sujou de livre e espontânea vontade ao articular para arquivarem o inquérito sobre a rachadinha do deputado com nome associado ao iogurte (pobre iogurte, tão gostoso, mas sendo lembrado por alguém tão besta). 

Após o "ato heroico" em relação ao "amigo", Roulos se candidatou nas eleições municipais de SP, convicto de que ganharia, subestimando a inteligência de milhares de eleitores. O mal desse povo é que eles acham mesmo que pobre que ganha auxílio e cesta básica é fiel a tudo o que eles fizerem. Eles se negam a enxergar a verdadeira condição humana que não depende de renda, mas quanto mais pobre, menos compromissado o ser é, pois a vida já lhe é ordinária por natureza e ele não tem nada a perder. Então, se ele tiver que virar eleitor para que o outro engravatado da ideologia política concorrente venha tomar um cafezinho em sua casa -- e avaliar se a sua baranga fedendo a cebola e alho é comível --, ele vai fazer, e pelo mero prazer de se sentir importante por cinco minutos. Porque tudo que o pobre (na verdade, todo ser humano) mais quer é estar entre os grandes, não entre os chatos que só promovem a fofurice e agora querem ditar até o que a pessoa pode pensar. O pobre quer estar entre os poderosos que não estão nem aí para o que digam, desde que ainda possam ir até o litoral mais próximo para se apimentarem no Sol enquanto andam de JetSki. 

Esse povo não aprende que ninguém deseja se espelhar naquele que se deixou crucificar e deu sua vida em sacrifício por toda a humanidade. O pobre não quer repartir o pão. Ele quer pegar os pães de todo mundo e usá-los para estar no comando da vida dos outros. A gente vê isso retratado muito bem no livro "Ensaio Sobre A Cegueira" [José Saramago], onde os cegos miseráveis, para obterem controle absoluto sobre todos os outros confinados, passaram a se apoderar da comida que a todos era distribuída. Simplesmente perceberam que, passando a mão em tudo, sob o viés de promover a organização, estariam com a sobrevivência do povo na palma de suas mãos. Dessa forma, era preciso que os demais cedessem às suas exigências, se quisesem um pouco daquele alimento. 

As pessoas querem luxúria, mordomia e poder. Quanto mais miserável, mais mercenário, menos consciente, menos empático, menos coletivo o ser é. Pensar no bem-estar do vizinho ou de toda uma sociedade? Sensibilizar-se com as causas do planeta? Pobre não tem natureza para isso não. Ele recebe o auxílio do mês na segunda-feira e, no domingo, vota para eleger a oposição. Afinal, um dia ele ganha na loteria e se tornará um dos grandes [e não vai querer que ninguém meta o bedelho na maneira como administra a própria fortuna]. Ah, Ah!

Voltando ao cerne, será um grande erro incorporar Roulos junto a qualquer posição importante em relação à República. Se o chefe-mor da nação quer realmente um índice maior de desaprovação de seu governo, eis que essa é a cereja dos bolos, o gran finale para todo mundo entender o que fazer na próxima eleição.

Quando você está com uma pessoa, você não vai dar bolos queimados a ela, não é mesmo? 

A matéria direto na fonte:

https://www.em.com.br/politica/platobr/2025/03/7079679-como-surgiu-a-ideia-de-colocar-guilherme-boulos-na-esplanada.html


sexta-feira, 7 de março de 2025

EU AQUI

Voltei.
Para muitos, isso não importa.
Para mim, sim, importa. 
Senão, eu não teria voltado.
O blogger é o blogger.
Você pode dizer que nunca mais.
Quando menos esperar, 
Olha você de volta.
Olha você aí. 
Acho melhor eu não excluir mais blogs.
Seria melhor ter mantido 
Cada um deles ativos.
Hoje estariam sendo mostrados.

- Socializando
- Blogue do Urso
- Socializando Ideias
- O Amante dela, a escrita 
- Um Brasileiro Gay

O tempo passa. Acredito que já faz mais de 15 anos que sou blogueiro. Os hiatos, idas e vindas fazem parte. 

Como o tempo passa! Um dia sou um jovem magrelo nos fundos da casa de meus pais, usando o PC da minha irmã, ocupando a linha telefônica da casa porque era somente assim que se tinha Internet. Um dia eu comecei a escrever em um espaço chamado blog, para alguém ler. De repente sou um velho desencantado com a vida numa família doente, contendo minha mente mais doente que os meus doentes, recomeçando pela enésima vez um caminho aqui, para alguém ler.

A vida só complicou. Não realizei nada. Tive merda sobre merda. As minhas merdas. 

Dizem que a vida começa aos quarenta. A minha está pra lá de atrasada então. Mas eu descobri há pouco tempo que amo a minha vida. Não importa quão ordinários me foram [e são] alguns momentos. A minha vida não tem culpa desses momentos. 

O maior responsável por tudo sou eu. A minha vida é o que eu fiz e continuo fazendo dela. A minha vida é o meu Deus. Sua forma sou eu, sua energia sou eu, e eu sem a vida sou um corpo inerte que logo se decompõe, vira poeira. A vida sem mim não se registra existente. Como registrar a presença de Deus onde não há nada existente para que ele esteja presente? É  preciso meu corpo para existir. Mas essa masturbacao mental não me leva a nada. Hoje em dia tá difícil até uma boa gozada. 

Eu voltei. Usarei esse espaço da forma que mais gosto: imprevisível. 

ZÉ CARIOCA - 1 CAPA, 2 REVSTAS

Ainda sob o mote dos quadrinhos Disney, estive visitando o blog de um velho amigo quando vi a capa que ele postou, da revista do Zé Carioca ...